segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Santiago


Nossa viagem desta vez foi para Santiago, Chile. Desde as cordilheiras vistas da janela do avião, já dava para saber que seria impressionante. Chegamos a uma cidade limpa, organizada, viva. 
Muito verde por toda a parte e muitas flores nas praças e nas sacadas dos prédios. Rosas lindas no Parque Arauco, pouco falado nos blogs que consultamos para planejar a viagem. Metrô bom e fácil de usar, nos levou para toda a parte, mesmo quando tinha que ser combinado com longas caminhadas. Afinal, estamos livres de horários e queremos conhecer a cidade, o melhor jeito é mesmo caminhar. E caminhamos muito, por El Golf, Providencia, Barrio Brasil, Lastarria, Bella Vista.
Passeamos muito e comemos bem, peixes diferentes e saborosos, lomito com palta, um sanduíche de pernil com abacate e mais não experimentamos porque minha gastrite impediu que eu comesse o lomo a lo pobre, um bife frito, com cebola frita, batata frita e ovo frito. Tomei vários sucos de frutas, frutilla, chirimoya, piña. Aí fui experimentar o de frambuesa e me lasquei, azedo como que, a gastrite reclamou. Tinha que ficar perguntando toda hora, é azedo? é picante? Não almoçamos no Mercado Central porque o ambiente não me agradou, cheiro de peixe por toda a parte, chão molhado, gente te chamando para entrar no restaurante a cada dois passos. Fomos ver como era o La Vega, o mercado de frutas e verduras, mas achei pequeno e sem tanta variedade. 
Fomos bem atendidos em toda parte, falamos muitos olás, buenos dias, gracias, tchau e usamos muito o poder do sorriso e da risada solidária para nos entendermos. Visitamos os shoppings, mas compramos pouco, adquirimos mais visão da cidade passeando no centro, vendo os muitos cães de rua, os carrinhos vendendo mote con huesillos ou cabritas, os engraxates, as lojas populares, os cafés-com-pernas, os executivos passando apressados, os velhinhos bem devagarinho e a mulher lendo o livro na mesa do café.
Sentimos a energia poderosa da casa de Pablo Neruda, La Chascona. Ao sentir o perfume das flores, pude sentir também o amor do poeta e Matilde, naquele mesmo lugar onde ele foi velado. A casa de arquitetura criativa é um jogo de esconde-esconde, com direito a porta secreta, muitas escadas externas, grades desenhadas com o sol e taças coloridas.
Vimos como o povo se vira, vende-se muita comida na rua, hamburguesas, panes integrales caseros, mini pizzas, arrolados primavera, salada de frutas. O povo também não parece ter a nossa neura de paulista, senta-se nos bancos das praças e parques, deita na grama, namora, dá uma moeda ao pedinte que vem lhe falar e continua a conversa, a ginástica, a meditação.
Fomos à vinícola Concha y Toro de metrô e ônibus. Bem longe do centro da cidade, vimos como a cidade muda ao chegar mais perto da periferia. O ônibus é bem velho e leva à vinícola toda linda. Fizemos o tour em português com um guia baiano, que explicou tudo e nos guiou na degustação.
Um dia, pegamos o ônibus e viajamos uma hora e meia para conhecer Valparaíso e Viña del Mar. Chegando lá, passeamos na feira de antiguidades e resolvemos que seria melhor contratar um passeio para conhecer mais coisas. Achamos o sr. Mário que quase foi sequestrado pela polícia de Pinochet quando tinha 12 anos e a família emigrou para a Austrália para depois retornar ao Chile. Conhecemos os cerros e ascensores de Valparaíso, um pouco da história do porto que perdeu sua grande importância quando se inaugurou o canal do Panamá e da história da cidade feita de muitas nacionalidades e que hoje é patrimônio mundial. Em seguida fomos para Viña del Mar, a cidade de veraneio dos ricos há muito tempo, com cara de Miami e com a água gelada do Pacífico.
Sempre que viajamos, tentamos imaginar se moraríamos naquele lugar. Aqui, a todo momento comentamos como seria bom morar aqui, mas aí lembramos das histórias que nos contaram sobre os terremotos, os edifícios balançando, os fios elétricos arrebentando, o risco de tsunami e aí resolvemos deixar essa história para lá e passearmos mais um pouco.



domingo, 12 de outubro de 2014

Atualização: 3 berinjelas!

E tem mais uma bem pequenininha, à direita

Visão geral das plantas: comestíveis e ornamentais misturadas

sexta-feira, 3 de outubro de 2014