sexta-feira, 17 de abril de 2015

Riquewihr

Pessoal, ontem foi dureza. Saímos de Strasbourg de trem para Colmar novamente. Chegamos lá umas 10h30 e fomos direto alugar bicicletas para fazer um passeio pelos vinhedos da região. Nosso objetivo era ir até Ribeauvillé e voltar a Colmar passando por Riquewihr, o que daria uns trinta quilômetros no total.

A moça que alugava as bicicletas disse que tudo era simples e as estradas eram todas "cyclabes". Muito bem, nos primeiros 500 metros já nos perdemos, ainda dentro de Colmar. A ciclovia de Colmar às vezes está pintada na rua, às vezes na calçada, às vezes bloqueada para obras e às vezes desaparece do nada. Mas tudo bem, quando nos perdíamos era só perguntar para a pessoa mais próxima e todas nos responderam gentilmente como retornar ao nosso caminho. E olha que até sair de Colmar foram umas cinco ou seis vezes que tivemos ajuda.
Finalmente saímos de Colmar pelo caminho entre os vinhedos. As vinhas estão rebrotando depois do inverno, portanto a paisagem não era muito verde. Encontramos muita gente trabalhando nos vinhedos. Ali todas as vias são exclusivas para bicicletas e veículos autorizados, ou seja, tratores.


Nos perdemos outra vez e encontramos um trabalhador que, não só nos orientou detalhadamente como voltar ao caminho, como voltou ao seu carro e desenhou um mapa para não haver dúvidas. Andamos um pouco pela rodovia até chegar a uma cidade de nome impronunciável, depois outra, outra, todas muito bonitas e cercadas de vinhedos.


A uma certa altura, nos demos conta de que já estávamos pedalando há quase 3 horas, quando a previsão inicial era de levar uma hora até Ribeauvillé, o destino inicial. Foi aí que decidimos: essa cidade fica para uma próxima vez. E desviamos para Riquewihr.


Chegando lá, cansados, fomos direto almoçar no Restaurant Au Cerf, que foi construído em 1488. Pedimos escargot à alsacienne de entrada e o Ricardo engoliu um chucrute gigante, pois já eram 14h30 e as bikes deveriam ser entregues em Colmar até as 18h30. Passeamos um pouco pela cidade, que é linda. No escritório de turismo eu perguntei se haveria possibilidade de voltar de ônibus com as bikes. A moça ligou para a operadora do ônibus e nos respondeu que dependia da boa vontade do motorista, que poderia levar as bikes ou não. Decidimos então voltar pedalando mesmo, seguindo a indicação de caminho que ela nos deu. Muito melhor! Um caminho direto e cheio de descidas (o chucrute agradece - lógico que este caminho não serviria para a ida). Achamos esse caminho ainda mais bonito, mais verde e com outras plantações de frutas, além dos vinhedos. O perfume das flores estava no ar.


Na parte final chegamos a uma bifurcação, com aquela cara de interrogação e o mapa na mão. Dois senhores de bike pararam e, sem a gente pedir, se ofereceram para indicar o caminho. Como estavam treinando, sumiram rapidinho na nossa frente, isso porque eles tinham uns 75 anos ou mais.
Mais uns 45 minutos de pedaladas e umas 3 ou 4 ajudas de pessoas locais e conseguimos nosso objetivo: retornar à estação para entregar as bicicletas às 17h30.

Nossa impressão do passeio: se você não faz exercícios regularmente, faça só um passeio pelos vinhedos próximos a Colmar, onde tudo é plano. Deixe para visitar Riquewihr de carro ou ônibus. Preste muita atenção às placas e pergunte sempre. E tire muitas fotos, pois a região é muito linda. O passeio é cansativo, mas valeu muito a pena.


Retornamos cansados para Strasbourg e ainda fomos jantar. O restaurante que queríamos repetir estava fechado e, ao procurar outro lugar, demos de cara com um pátio simplesinho...


Hoje estamos de partida para Lyon. Pegamos 4 dias de muito sol em Strasbourg e Colmar e hoje, último dia, amanheceu garoando.



 

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