domingo, 26 de junho de 2016

Aix-en-Provence e Marselha

Chegamos cedo em Aix-en-Provence e o apartamento ainda não estava totalmente pronto, segundo a nossa anfitriã, Fabienne. Ela nos mostrou tudo, explicou detalhadamente como cada coisa funcionava e nos deu as chaves.



Deixamos as malas num local onde não atrapalhasse e fomos passear para dar tempo que ela terminasse a arrumação. Seguimos a pé para uma das ruas principais da cidade, a Cours Mirabeau. Achamos a cidade linda e o clima era de pleno verão. Era dia de mercado e foi muito legal ver uma porção de bancas de roupas, sapatos, bolsas, toalhas, enfim, um pouco de tudo. Havia roupas bacanas a preços acessíveis.



Olhamos tudo e compramos umas coisinhas e fomos procurar o mercado de produtos alimentícios. Tivemos que perguntar por ali, o acesso era meio escondido, por uma passagem estreita. Mas, chegando lá, valeu muito a pena. Muitas frutas, verduras e legumes, além de comida pronta. Compramos algumas frutas e umas carnes prontas. Chegando ao apartamento, fizemos um arroz e nosso almoço estava pronto. O apartamento era térreo e almoçamos na varanda, que dava para um grande jardim, cheio de árvores.


Fizemos, eu e meu marido, um passeio num carrinho elétrico chamado Diabline. A condutora convidou uma das senhoras velhinhas que estava jogando conversa fora na praça para ir com a gente. Suzette era muito animada e não parou de falar no passeio todo. Eu fiquei fazendo tanto esforço para entendê-la que nem vi a paisagem. Mas sei a história de três gerações da família dela, hahaha. Foi muito legal o passeio e eu descobri que realmente estou entendendo mais o francês. 


Fomos para Marselha de navette (ônibus), conforme indicação do funcionário do Office de Tourisme de Aix-en-Provence. Foi ótimo, rápido e barato. Chegando lá já pegamos o metrô e descemos perto do Vieux Port.



Passeamos a pé por lá até chegarmos no Fort Saint Jean e ao Mucem. Esse museu tem uma fachada espetacular, que se funde ao mar em torno. A fachada tem uma espécie de renda de concreto, muito diferente de tudo o que eu já tinha visto (na foto abaixo, o Mucem está à direita).



Queríamos subir ao alto do museu, mas sem passar pelas exposições, já que não tínhamos muito tempo. Fomos pedir informações lá dentro, não sem antes passar pela revista obrigatória em quase todos os lugares na França, por medidas de segurança. Antes de chegarmos ao balcão de informações a moça já falou "êêee brasileiros, bem vindos!". Ficamos com cara de ué como você sabe e aí vimos que meu marido estava com a camisa do Corinthians, hehehe. Conversamos um pouco com a moça, que também era brasileira, e ela nos indicou a rampa que circunda o museu para subirmos direto até o terraço lá no alto. Dali tivemos uma bela vista do mar e do Fort Saint Jean, para onde fomos pela passarela que liga os dois monumentos.



Fizemos a visita da fortaleza e conhecemos um pouco mais da história do lugar. Saindo dali fomos procurar um lugar para almoçar, escolhendo um dos restaurantes que ficam na beira do porto.



Almoçamos bem e, saindo de lá, fomos explorar um pouco a parte medieval da cidade. Algumas escadas e subidas depois, chegamos em algumas ruazinhas muito simpáticas, com algumas lojas de suvenires legais. Paramos em uma em que o próprio dono confeccionava os aventais que vendia e conversamos um pouco. Quando voltamos para o porto começou a chover um pouco, mas foi muito rápido e não atrapalhou nosso passeio.



Resolvemos pegar uma espécie de trenzinho turístico para ir até a igreja de Notre Dame de Garde, em um morro do outro lado da cidade. 



O passeio foi muito interessante e conhecemos um pouco dos locais turísticos da cidade. No caminho vimos muitos torcedores da França e alguns da Albânia, já que nesse dia haveria o jogo França X Albânia pela Euro 2016. Chegando à igreja fomos subindo até chegar à entrada da Basílica, muito luxuosa e imponente, uma das igrejas mais lindas que já vi.



A vista da cidade de Marselha lá de cima também é imperdível. Voltamos de trenzinho para o porto e de lá logo voltamos para Aix-en-Provence.


No outro dia fomos, eu e meu marido, fazer o caminho de carro até o aeroporto, para evitar surpresas, já que nosso vôo sairia no outro dia de Marignane, a uns 30 km de Aix-en-Provence, às 7 hs da manhã. Fizemos o caminho sem problemas e voltamos a tempo de fazer mais um passeio pelas ruas da cidade e ver novamente o mercado.

Queríamos também fazer um passeio num trenzinho turístico, mas já não havia mais vagas para o dia.

Fomos então visitar o museu Granet, que tem uma grande coleção de pinturas e esculturas.


Jantamos cedo e fomos dormir porque no outro dia madrugamos: às 4 hs da manhã já estávamos acordados, prontos para deixar Aix-en-Provence e a França. Deixamos o carro no aeroporto de Marignane e pegamos nosso vôo para Paris. De lá, outro vôo para São Paulo e aqui estamos. Até a próxima, Europa!

Avignon, Gordes, Abadia de Senanque, Roussillon

A viagem de Barcelona a Avignon correu bem. Paramos para almoçar num lugar bem legal que eu não lembro o nome e chegamos em Avignon umas 15 hs. O Residence Les Cordeliers é uma moradia de estudantes que também aluga quartos para turistas. Bem localizado e confortável, o atendimento é muito profissional e tem tudo o que precisávamos, até lavanderia.



O GPS nos levou para uma travessinha sem saída, mas conseguimos voltar logo para a entrada correta. Ficamos em dois quartos bem confortáveis, os dois com uma pequena cozinha. Largamos tudo lá e já fomos conhecer a rua principal e a praça do relógio. Cheia de restaurantes, é a praça principal da cidade.



Continuamos andando e vimos o Palácio dos Papas, que foi a sede do catolicismo no século XIV, por conta de tumultos existentes em Roma, na época.



Um pouco mais além e lá estava a ponte de Avignon, sobre o rio Ródano. Também conhecida como Pont Saint Bénézet, vai só até o meio do rio. Compramos os ingressos combinados para visitar o Palácio dos Papas e a Pont de Avignon, já que era possível visitar um dos monumentos num dia e o outro no outro dia. Visitamos a ponte com o auxílio de um audioguia e tivemos uma bela visão da cidade e do rio.



Durante a nossa visita um barco de turistas estava passando pelo rio e todos acenaram para os turistas na ponte.




Saindo da ponte voltamos para a praça do Relógio para jantar. 


Acabamos indo em um restaurante marroquino onde o dono era muito falante e engraçado. 


Até tiramos uma foto com ele. 


Tomamos um maravilhoso vinho rosé marroquino que compramos outras vezes e comemos pratos deliciosos. 


Até a xícara do café com detalhes marroquinos era muito bonita.




No dia seguinte fomos visitar o Palácio dos Papas. 

O monumento é enorme e muito interessante, mas a visita é bem cansativa, cheia de escadas. 

Minha sogra resistiu bravamente e foi em todos os lugares do Palácio. 

Lá de cima também há uma bela vista da cidade. 

Na saída do Palácio ainda passeamos bastante pelas ruazinhas medievais dos arredores.



Voltamos depressa para pegar o carro e fazer um passeio pelo interior. Em cerca de meia hora chegamos a Gordes, uma linda cidadezinha no alto de uma montanha. É incrível a vista da cidade quando estamos chegando.



Deixamos o carro em um estacionamento e logo paramos para almoçar em um restaurante próximo. O nome do restaurante não poderia ser mais apropriado: Le Jardin.



Cheio de flores e com uma vista linda de um pátio, comemos muito bem e por um preço bem razoável. No final, ainda comemos uma sobremesa linda, de morangos com chantily. 



A cidade é toda linda, cheia de recantos charmosos, com flores, belas visões dos arredores, enfim, um ótimo passeio.



De lá seguimos para a Abadia de Senanque, onde esperávamos encontrar lavandas em flor. Havia lavandas, mas elas não estavam no auge da floração. Mas o local é tão bonito que eu diria que as lavandas não fizeram falta. Como não tínhamos muito tempo, visitamos só a parte externa da abadia e a lojinha de suvenires.



Pegamos o carro e fomos em direção a Roussillon.



Lá tudo é de cor ocre, inclusive o incrível penhasco que vemos da cidade.



Muitos lugares lindos e ainda paramos para comer um crepe e tomar café.



Eu escolhi um crepe com açúcar de lavanda, mas não achei muito diferente, só a cor mesmo, azul.



No dia seguinte ainda passeamos bastante por Avignon, almoçamos num restaurante numa praça, o Le Square. 







Comemos muito bem, os pratos supercoloridos, e bebemos um vinho rosé com um nome engraçado: La Nuit Tous Les Chats Sont Gris (à noite todos os gatos são pardos).


Então fomos até o rio para fazer a travessia do Ródano em uma navette, um pequeno barco para cerca de vinte pessoas.


O barco faz a travessia bem próximo da Pont de Avignon para a Île de la Barthelasse, onde existe um grande parque e vários campings.



Na manhã do outro dia, já pegamos a estrada rumo a Aix-en-Provence.

Barcelona

A chegada a Nîmes de trem ainda foi um pouco tumultuada. O TGV parou numa estação a uns 10 minutos da cidade, no meio do nada, e anunciou que havia manifestantes grevistas na plataforma e que eles esperariam a manifestação terminar para prosseguir viagem, por motivos de segurança. Nisso ficamos parados ali quase uma hora. Mas, enfim, chegamos e estava tudo calmo. Fomos direto na agência da Avis para ver o carro e acabamos pegando um Volvo. Foi um sufoco encaixar as malas de todo mundo no porta malas, mas no final conseguimos. Ainda fomos tomar um café e um sorvete em frente à estação de trem (e assim pudemos usar o banheiro do lugar, já que o da estação estava em obras).



O caminho de Nîmes a Barcelona de carro foi tranquilo. Demoramos um pouco para fazer o GPS do carro funcionar, mas usamos o Waze para sair da cidade e pegar a estrada e deu tudo certo. Acabamos saindo muito tarde de Nîmes, umas 17 hs. Vários pedágios no caminho. Paramos só na última parada antes da fronteira com a Espanha, no Village Catalán. Ali aproveitamos para jantar, uns lanches e cerejas lindas.



Chegamos em Barcelona umas 23 horas. Com o GPS do carro já funcionando direitinho, conseguimos encontrar o endereço relativamente fácil. Chegando no The Urban Suites, um prédio pequeno com vários flats, ainda tivemos que esperar um pouco enquanto o recepcionista atendia um outro casal. O apartamento era bem espaçoso e arrumado, com um quarto e um sofá-cama na sala, bem confortável.

No outro dia compramos uns cafés e croissants e tomamos café no apartamento mesmo. De lá já saímos para o primeiro passeio, o Parc de Montjuïc. Tínhamos ótimas indicações de uma amiga e já sabíamos que deveríamos pegar o funicular para chegar até ali.



Estávamos próximos à estação Tarragona do metrô e foi só ir até a estação Parallel. No caminho já íamos vendo como é diferente ter os avisos da cidade escritos em espanhol e catalão e, muitas vezes, em inglês também.



O trajeto do funicular é rápido e já descemos próximos à entrada do teleférico de Montjuïc. O teleférico é sensacional, a vista da cidade, fantástica.



Lá no alto, fomos direto conhecer o Castell de Montjuïc. Uns jardins lindos e muito bem cuidados, mas a vista do porto é imbatível.






Vimos diversos navios de cruzeiros por ali, além do porto de carga propriamente dito. Depois de passear bastante por lá, voltamos ao teleférico e descemos até o nível da estação de metrô. Resolvemos conhecer um pouco do parque e paramos para tomar um sorvete em um quiosque ali perto.

O atendente fez umas brincadeiras com o fato de sermos brasileiros e ele queria todas as minhas moedas. No local havia diversas árvores de figo, enormes. Passeamos um pouco por ali e vimos que o parque é realmente lindo, cheio de recantos especiais, com água correndo de um nível a outro do parque. Cruzamos com uma classe de pequenininhos, visitando o parque. 



De lá fomos direto para o Mercat de la Boqueria. Amei a variedade de frutas, uma festa de cores. Já comprei direto umas nêsperas (ameixas amarelas) e figos roxos. Almoçamos ali, uma paella de mariscos maravilhosa e vários sucos diferentes como de pitaia com coco, romã, maracujá, etc.



Em seguida, fomos ao Camp Nou. Saímos do metro e estávamos meio perdidos e um rapaz logo veio perguntar se era o estádio do Barcelona que procurávamos. Ele nos mostrou o caminho e continuamos a caminhar um pouco mais. 



O dia estava bem quente e o sol brilhando forte. Chegando lá já compramos os ingressos para a visita e entramos. Passamos primeiro por uma sala de troféus enorme, com muitos displays informativos da história do clube. De lá conhecemos a arquibancada, com uma bela visão do campo, a sala de imprensa, a zona mista, os vestiários e, finalmente, pudemos chegar perto do gramado. Muitas fotos bacanas de um lugar que sempre vemos nos jogos do Barcelona. 



Voltando para o apartamento, ainda passamos na loja de departamentos El Corte Inglès, para xeretar tudo. 

Mais tarde, fomos encontrar um casal de amigos para uns tapas e uma taça de vinho. Pedimos patatas bravas (batatas fritas com um molho picante), uma salada, pão com tomate esfregado, tudo muito gostoso.

No dia seguinte, resolvemos fazer o passeio com o ônibus hop-on hop-off para ter uma ideia mais geral da cidade, já que este seria o nosso último dia lá. 

Fomos pegar o ônibus na frente da Basília da Sagrada Familia, um monumento impressionante e ainda em obras. 

Acabamos não visitando internamente pois, apesar dos avisos da nossa amiga, não fizemos reservas antecipadas pela internet e não tínhamos tempo para esperar muito.





Pegamos o ônibus e descemos próximos ao Parc Güell. Tem que andar bastante para chegar no parque, mas vale a pena, vamos conhecendo a arquitetura da cidade, vendo os outros turistas e moradores. 



Chegando perto do parque há escadas rolantes para auxiliar na subida. Desde a entrada o parque já é impressionante e há diversas lojas de suvenires muito legais ali perto. Também não tínhamos comprado ingressos antecipadamente e soubemos que só havia ingressos para entrar dali a umas duas horas. Nos contentamos em conhecer a parte aberta do parque e, de lá, pegamos o ônibus para conhecer mais um pouco da cidade. 



Então, voltamos ao Mercat de la Boqueria para almoçar. Como já estava tarde, a paella de mariscos tinha acabado, mas ainda havia a paella valenciana (que tem frango). Eu fui procurar outra coisa e acabei achando uma paella vegetariana que estava mais ou menos. Me contentei em comprar mais frutas (abricós, pêssegos, cerejas). Em seguida, fomos passear por ali, passamos por uma feira de comida de rua e acabamos indo tomar sangria (um balde!) num dos cafés de rua.



Voltando para o apartamento, eu e meu marido fomos procurar o supermercado que disseram que ficava ali perto. Estávamos quase voltando sem achar o bendito quando perguntamos para uma senhora na rua. Ela disse pra a acompanharmos e foi o que fizemos. Foi fazendo propaganda do supermercado o caminho todo, dizendo que tinha uma ótima peixaria, tudo de bom para fazer comida boa, etc. Nós, que só estávamos procurando um lugar para comprar artigos de higiene pessoal e, quem sabe, um vinho, ficamos bem impressionados. 

No dia seguinte, pegamos o carro e voltamos para a França.