domingo, 26 de abril de 2015

Bordeaux

Chegamos ao hotel em Bordeaux e a recepcionista nos avisou que ficaríamos em um studio para 3 pessoas. O apto era muito bom e espaçoso, com cozinha toda equipada. Deixamos as malas e saímos para procurar um lugar pra jantar.

Com o mapa em mãos e as indicações da recepcionista, passamos pela praça Gambetta, muito florida, que depois descobrimos que foi a praça da guilhotina em Bordeaux.


Após passar pela Porte Dijeaux, encontramos vários restaurantes e escolhemos o mais simpático. Celebramos a chegada a Bordeaux com vinho e voltamos para o hotel.


No dia seguinte, saímos para explorar a cidade. Chegamos ao rio Garonne, muito largo e limpo. Vimos então o espelho d'água (miroir d'eau), maior que um campo de futebol, onde fica sempre uma lâmina de água de 2 cm e, às vezes, solta um vapor gerando uma névoa em volta. Muitas crianças brincavam na água, mesmo estando frio para nós (uns 18º).



De lá fomos procurar o escritório de turismo. Descobrimos que havia um prédio que destoava de toda a arquitetura da cidade, que é muito homogênea. O lugar é um mini-shopping em formato circular que ocupa toda uma praça e, no dia, havia uma feira de livros na parte externa. O prédio é todo envidraçado e voltamos lá algumas vezes, para comprar vinho, por exemplo. Soubemos depois, na visita guiada, que o prédio é recente, cerca de 25 anos, e só foi autorizado porque é mais baixo que os outros no entorno e, por ser de vidro, reflete as fachadas de pedra em volta.


No escritório de turismo, compramos um passe de 30 euros para dois dias que dava direito à entrada em diversos pontos turísticos, passeio de ônibus e barco, visita guiada e gratuidade no transporte. Com o passe, fomos ao passeio de ônibus, agendamos a visita guiada para o dia seguinte e visitamos o Porte Cailhau, um antiga fortaleza da cidade que oferece uma linda vista do alto. Uma coisa que não sabíamos é que alguns pontos turísticos só podem ser visitados na quarta ou no sábado, então, não conseguimos entrar na Ópera, por exemplo.


A Pont de Pierre, que atravessa o rio Garonne, é impressionante. Muito grande e alta, com grandes luminárias antigas, por ela passam pedestres, bicicletas, trams e carros.


No caminho de volta, passamos pela Grosse Cloche, um grande sino medieval.


No dia seguinte, quinta-feira, fomos pela manhã ao Jardin Publique, um enorme parque que inclui também o jardim botânico da cidade.


De lá fomos para a Place des Quinconces, que já tínhamos visto do ônibus. Lá estava sendo armada uma feira de antiguidades enorme, cheia de objetos interessantes, móveis, livros, lustres, objetos de decoração, roupas e outros.


Nessa praça há uma grande estátua com vários cavalos. Na visita guiada soubemos que essa estátua quase foi fundida num período de guerra, mas sobreviveu porque alguns cidadãos resolveram escondê-la.


Visitamos também a Cathedrale Saint André, que depois soubemos que foi construída aos poucos, do século XII ao XVI, incorporando diversas tendências arquitetônicas.



Ainda fomos conhecer o Museu de Belas Artes, com um lindo jardim e uma bela coleção de pinturas e esculturas.


Almoçamos e fomos para a visita guiada, cujo ponto encontro era o Hotel des Douannes, próximo ao espelho d'água e também um museu interessante, com a história da cidade. A visita foi muito interessante, com o guia contando diversos detalhes que passariam em branco se ele não nos contasse, como os nomes de ruas gravados nas paredes de pedra, que, na Revolução Francesa, foram trocados para tirar referências à monarquia e à religião, substituindo-os por termos como Razão, Liberdade, Igualdade, etc.




Nosso passeio pelas ruas medievais durou 2 horas, repletas de informações como a indicação do caminho de Santiago de Compostela, detalhes da arquitetura da cidade, curiosidades como as ruas  que já existiam na antiga cidade romana, que hoje são chamadas Cours, mais largas para a passagem de carroças. O passeio foi bom também para reforçar a imersão no idioma, pois foram duas horas só ouvindo francês, o que estimula a compreensão.



Gostamos muito da cidade de Bordeaux, com suas ruas só de pedestres ou só de trams e bicicletas. A cidade superou nossa expectativa e nos pareceu um misto de Strasbourg e Lyon, tão fácil de se deslocar e tão medieval quanto Strasbourg e tão sofisticada quanto Lyon, com suas vitrines caprichadas.





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