domingo, 26 de junho de 2016

Paris

Paris, ah Parissss.... kkk

Falando sério, eu estava meio preocupada com nossa estada em Paris, já que a cidade ainda estava sofrendo os efeitos das chuvas e da grande enchente do rio Sena nos dias anteriores.

Acabamos não tendo nenhum problema com isso, nenhum dos locais interditados ou das estações de metrô ou trem fechadas estavam no nosso roteiro. 


Chegamos de Londres pelo Eurostar e desembarcamos na Gare du Nord. Temos um local preferido para ficar em Paris, mas demoramos para reservar e já estava ocupado. Assim, tivemos que abrir o leque de opções de bairros para ficar. 


Acabamos escolhendo um apartamento no 19o arrondissement, que estava com um preço bom e ficava bem próximo do metrô Jaurès. Mas, quando chegamos ao apartamento e vimos a vista incrível, tivemos a certeza que tínhamos encontrado um novo local favorito para ficar. A anfitriã, Célia, nos mostrou tudo e nos deixou com café e chá para apreciarmos o local. Da janela da sala dava para ver tudo, a cúpula do Invalides, a torre Eiffel, a Sacre Coeur, tudo iluminado à noite. 




Lá embaixo, o Bassin de la Vilette, uma espécie de lago ou uma parte alargada do canal de St Martin, cheio de cafés e de gente passeando.




Já aproveitamos para fazer um passeio por lá, parando para tomar um café e comer umas guloseimas. Passamos para o outro lado por uma pontinha e vimos uma eclusa se encher para dar passagem para um pequeno barco. 




Depois de distribuir as acomodações e desfazer as malas, descemos para jantar, num restaurante próximo ao metrô. Pedimos escargot de entrada e vieram na concha. Dá um trabalho do cão pra comer assim e o maître tentou me mostrar como prender com as pinças e tal, mas ele mesmo acabou achando mais fácil trazer palitos para comermos com a ajuda das mãos.

No dia seguinte fomos visitar o Pantheon e, de lá, fomos para Montmartre. Paramos para tomar um café e comer tortas no Le Coquelicot. Tortas de maçã, mirtilo, chocolate e pera, tudo de bom! Subimos até a Place du Tertre e meu cunhado resolveu fazer uma caricatura que ficou muito boa. Nessa praça há muitos restaurantes e artistas que fazem retratos ou caricaturas dos turistas. 



Demos uma volta por lá, compramos umas besteiras, chegamos na igreja de Sacre Coeur bem na hora da missa, muito bonita, em francês. Fomos até o vinhedo de Montmartre, tiramos muitas fotos de casas lindas, cobertas de vegetação. Voltamos para o apartamento e passamos no supermercado. Já compramos muitas frutas, morangos lindos, mirtilos, ameixas (nêsperas), pêssegos.



No dia seguinte exploramos os jardins do próprio prédio, lindos e muito bem cuidados. O zelador estava com seu cão, enorme e bonachão. Dali fomos ao Chateau de Vincennes e, só pra variar, fomos procurar a entrada do lado errado (em nossa defesa, a entrada era em outro lugar no ano passado, quando eu e meu marido estivemos lá). Resultado, demos a volta completa no Chateau e achamos a entrada a poucos metros de onde saímos. Visitamos a Capela e o Dojon do Rei, mas a sala com realidade aumentada não estava funcionando. Perguntamos por lá e nos informaram que estava na hora do almoço do responsável. Perguntamos mais um pouco e descobrimos que poderíamos sair para almoçar e voltar depois para visitar a sala. 




Voltamos ao mesmo restaurante do ano passado, o Le Saint Louis. Pena que o lindo cachorro preto não estava desta vez, o dono nos disse que só o leva quando prevê que o movimento vai ser tranquilo. 


Comida muito boa, consegui entender o garçon/dono quando ele disse quais eram as opções de molho e acompanhamento e almocei muito bem, um hamburguinho (steak hachis) com molho de echalotes (cebolas).

Voltamos para o Chateau, visitamos a sala de realidade aumentada, conversamos um pouco com o responsável (que falava meio em inglês, meio em francês, difícil de acompanhar) e fomos embora de lá para a Opéra. 




A Opéra também era um dos locais que eu e meu marido tínhamos visto e queríamos que os outros conhecessem. Tudo muito lindo e luxuoso e ainda ganhamos uma apresentação do "REM" na praça lá embaixo, vista do grande balcão aberto da Opéra.



Saindo de lá passamos na Galeria Lafayette, só pra olhar e tirar fotos. Voltamos para o apartamento e resolvemos aproveitar o clima gostoso para jantar na varanda. O apartamento tinha uma grande varanda, com uma mesa para quatro pessoas, uma delícia. Eu lembrava que tinha visto um lugar que vendia frango assado ali perto e fomos procurar. Compramos arroz basmati e salada verde já lavada no mercado e um belo frango "fermier" assado na brasa (segundo o atendente, lá é o único lugar que assa o frango na brasa em Paris). Uma bela baguete, alguns tomates, cerveja para alguns e vinho para outros e pronto, um belo jantar com a luz do dia ainda. 



Naquela noite, uma surpresa: recebi um email da SNCF, a companhia de trens da França, informando que nosso trem de Nîmes a Barcelona tinha sido cancelado por causa da greve dos ferroviários. Nossa viagem de Paris a Barcelona teria uma escala em Nîmes onde trocaríamos de trem. Não lembro bem porque escolhemos esse caminho, mas deve ter sido uma combinação de preço e horários. Agora estávamos com um problema: não dava mais para cancelar o hotel de Barcelona, já pagaríamos o valor integral. Havia a opção de pegar outro trem mais tarde de Nîmes a Barcelona, mas quem garantia que a greve não afetaria esse outro trem também? 



No dia seguinte resolvemos ir até a Gare du Nord e conversar ao vivo com alguém da SNCF. A moça que nos atendeu, Danielle, foi super profissional, mas acabou se rendendo e rindo conosco, depois que resolvemos os problemas (onde vocês estão hospedados? perto da estação "Jorê". Hein? Ah da estação "Joréssss" rsss). Com a ajuda dela conseguimos reembolsar integralmente o trem cancelado e o de volta de Barcelona a Nîmes e ainda alugar um carro para ir de Nîmes a Barcelona e de lá para a Provence. Acabamos perdendo a manhã toda na Gare, mas valeu a pena resolver ao vivo.



Então fomos almoçar no nosso local favorito, o restaurante Le Baribal. Combinamos de nos encontrar com um amigo e foi muito bom. Comemos bem, eu um belo haddock com molho de limão, conversamos muito e de lá fomos até o Trocadero, para dar uma olhada de perto na Torre Eiffel. Lá vimos a cheia do rio Sena, ainda acima do nível normal, cobrindo as áreas de passeio ao lado do rio. 



Voltamos para o apartamento e depois fomos passear na beira do Bassin de la Vilette. O dia estava muito agradável, quase quente, e havia muita gente fazendo piqueniques na margem do lago. Um vinho rosé ou cervejas, um sanduíche de presunto ou um pacote de pistache ou batata frita e pronto.



Passamos por grupos que estavam só conversando e outros onde tinha alguém tocando violão e cantando. Fomos andando bastante e, lá na frente, atravessamos o lago e voltamos do outro lado. Ainda paramos para um aperitivo em um barco/bistrô ancorado no lago.



No dia seguinte, saímos cedo para a viagem de trem até Nîmes e de lá de carro até Barcelona.

2 comentários:

  1. Maravilhoso ler o seu blog. Dá uma vontade de estar lá. É diferente dos blogs de viagem que indicam entre aqui ou entre ali. Seu blog mostra como é realmente saber aproveitar um lugar.

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  2. adoro teus relatos, e adoro o 19o para ficar em Paris
    pode nos dizer qual é o apartamento para nossa próxima visita? a vista é linda
    desejo muitas outras viagens no teu futuro

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